domingo, 9 de setembro de 2007

Acostamento


Com os mais de 300 mil veículos que saíram de São Paulo com destino à Baixada Santista, por causa do feriadão de 7 de setembro, foram comuns os flagrantes de desrespeito no trânsito. Nem mesmo a Polícia se deu ao trabalho de dar bons exemplos. Faltou fiscalização da Polícia Rodoviária para coibir tantos abusos. As três imagens de carros que utlizaram a faixa de acostamento para fugir da lentidão foram captadas na Rodovia Manoel Hípólito do Rêgo, no final da tarde de sábado (dia 8), quando o trânsito começava a ficar complicado. Muitos paulistanos resolveram antecipar a volta para a casa devido ao mau tempo.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Chuva


Verão úmido, inverno também. Em Santos não há período certo de chuvas. Em dias de muito sol, no auge do verão, são normais as pancadas de chuva no fim da tarde. Já no inverno, a chuva fina costuma deixar os dias mais frios.

Esta imagem foi obtida há 15 dias, quando choveu tanto que a cidade registrou vários pontos de alagamento. Alguns canais, marca registrada de Santos, chegaram a transbordar. O momento foi capturado por volta das 19h30, de dentro do ônibus, quando estava saindo de Santos, em direção a São Paulo.



sábado, 7 de abril de 2007

Engenheiro genial

O genial Saturnino de Brito foi o responsável pela construção dos canais de Santos, que completam 100 anos em 2007 (o primeiro deles começou a ser construído em 1905 e foi inaugurado em agosto de 1907). Foi ele que propôs a construção de nove canais para drenar as águas da chuva e acabar com as freqüentes inundações na cidade, diminuindo a quantidade de doenças que assolavam Santos. Isso, muita gente já sabe.
O que a maioria desconhece é que foi o mesmo Saturnino de Brito o responsável pelo “nascimento” de um dos principais cartões-postais da vizinha, São Vicente. Quando planejou o sistema reparador absoluto, com a separação do esgoto das águas da chuva e o esgotamento dos despejos pelo sistema de estações elevatórias, Saturnino precisava dar um jeito de levar os despejos para fora da Ilha de São Vicente, por meio de uma tubulação que atravessaria o mar até chegar a Ponta de Itaipu. Assim, para prender esses canos, foi encomendada na Alemanha e inaugurada em São Vicente, em 1914, a ponte pênsil (na imagem, à direita).

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Contraste


Nem só de beleza, paisagem e pôr-do-sol vive a Baixada Santista. Como em toda região metropolitana do país, há problemas crônicos: habitações subnormais, falta de saneamento e pessoas vivendo na mais absoluta pobreza. A imagem dá uma pequena amostra de como vivem algumas crianças da região. Bem longe das praias e da ostentação das torres da orla, muitas (centenas, milhares... quem saberia precisar os números?) moram em barracos e brincam no meio da sujeira e do esgoto.

Na foto, crianças da Favela Vila Alemoa (Santos), que pegou fogo em dezembro de 2006, deixando 166 famílias desabrigadas.
A imagem foi capturada pelo arquiteto e urbanista José Marques Carriço.

Pelo mar

O navegador Martim Afonso de Sousa não foi direto para São Vicente. Em janeiro de 1531, ele chegou a Pernambuco e, dali, seguiu viagem para o Sul. Aportou na Bahia, depois chegou à Baía de Guanabara, e continuou descendo pela costa brasileira. Mais tarde, chegou à Baía de Cananéia e, finalmente, depois de muitas tempestades e até um combate a navios franceses que contrabandeavam pau-brasil, em 20 de janeiro de 1532, avistou a Ilha de São Vicente. Mas, por causa do mau tempo, a descida à terra firme aconteceu apenas dois dias depois, em 22 de janeiro.

Passados 475 anos, os caminhos para chegar à chamada Cellula Mater da Nacionalidade, ou Primeira Cidade do Brasil, são bem mais simples. Não é preciso enfrentar tempestades e nem inimigos. Muito menos, chegar pelo mar.

No detalhe, os novos navegadores na Baía de São Vicente “enfrentando” a calmaria das águas na praia do Gonzaguinha.