O assunto aqui é o tal boom imobiliário, incrementado pela economia estável do País. E elas (aquelas que vão dominar o mundo) são as construtoras, que compram os raríssimos terrenos vazios (ou os que ainda mantêm casas e pequenas construções) nas regiões mais nobres da Cidade e erguem torres de altíssimo padrão.

A matemática dessa operação (uma ou duas casas a menos é igual a um prédio alto) tem resultado numa super valorização dos imóveis (inclusive os usados), cuja consequência direta é a expulsão (para as periferias ou para as cidades vizinhas) de quem não consegue se manter num lugar onde viver é cada vez mais caro.
No Embaré o boom imobiliário é uma realidade. O bairro, que já é bastante verticalizado, não pára de crescer para cima. Além das recentes torres já prontas e ocupadas, outras estão em plena construção.

Na Avenida Bartolomeu de Gusmão, um prédio será construído ao lado de um do edifício mais torto da orla (
imagem 2). Para quem não sabe, Santos tem o segundo pior solo do mundo (só perdendo para a Cidade do México). Assim, na avenida da praia muitos prédios mais antigos são tortos, decorrentes de fundações pouco profundas.
A segunda obra destacada (imagem 3) não fica em frente a praia, mas com certeza terá unidades com vista para o mar. É na Rua Oswaldo Cochrane. O edifício não ocupará apenas um terreno. Antes, na área comprada, funcionavam um estacionamento e um pequeno hotel.

O terceiro empreendimento, na Avenida Dr. Epitácio Pessoa (
imagem 4) é de altíssimo nível. Quando a obra for concluída, com certeza será um dos edifícios mais altos da Cidade, com mais de 100 metros de altura.
O quarto prédio fica na mesma avenida (
imagem 5). No local antes existia uma casa que chegou a ser usada como comitê político. Nesta quadra, aliás, hoje há apenas um edifício, que visto do alto se destaca entre as pequenas construções habitadas ou ocupadas por comércios.

O último exemplo apontado fica na Rua Álvaro Alvim (
imagem 6). A construção, cujo modelo de fundação escolhido foi o chamado bate-estaca, acabou gerando ruído em excesso (essa é outra característica do
boom imobiliário) e resultou na articulação da vizinhança que protestou, recolheu assinaturas e exigiu providências da Prefeitura. Graças a mobilização dos moradores, a construtora teve que acabar de cravar as estacas no solo utilizando outro método.
As imagens que ilustram o texto foram retiradas do Google Earth (de junho de 2009). Para ver os detalhes é só clicar para ampliar
Nenhum comentário:
Postar um comentário