domingo, 13 de novembro de 2011

Conheça as casas da Vila Mathias

Cada vez mais incomuns na cidade, cenas como essas registradas no Melhor de Santos, valem a pena. Até quando esse cenário da Vila Mathias vai existir? Provavelmente até que essas casas sejam substituídas por espigões que desfiguram o município. Enquanto isso não acontece, vamos apreciar a paisagem.



sábado, 25 de junho de 2011

Clarice 4


“Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira que vivo.”


(A paixão segundo G.H./Clarice Lispector)


(Foto: Praia Grande, em Ubatuba/SP)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Imagens da vida selvagem

Até do o dia 25 de setembro o Museu Smithsonian de História Natural, em Washington (EUA), exibe as fotos do concurso anual que escolhe as melhores imagens da vida selvagem. A foto vencedora do Grande Prêmio, do fotógrafo escocês Peter Cairns, mostra uma águia-pescadora em ação na Finlândia.


Além desta, há outras imagens igualmente fantásticas que podem ser conferidas aqui.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fotógrafo registra fronteira entre placas tectônicas

O fotógrafo britânico Alexander Mustard registrou o mergulho que ele e outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia. A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. 
A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava, formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano.
A matéria da BBC Brasil e outras fotos você vê aqui.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bryant Austin e as baleias

O caderno The New York Times, publicado na Folha de São Paulo desta segunda-feira (dia 9 de maio) traz matéria sobre o trabalho do fotógrafo Bryant Austin, especializado em clicar baleias (texto abaixo: A grandeza da baleia vista de perto).

Austin é fundador de uma organização sem fins lucrativos chamada Conservação de Mamíferos Marinhos por Meio das Artes, e criou 25 imagens em escala real, incluindo dois retratos completos, cada um composto de dezenas de fotos de seções diferentes do corpo das baleias.

Suas fotos já foram exibidas na Noruega, na Islândia e no Japão, países que promovem a caça à baleia. A esperança do fotógrafo é que seus retratos em tamanho natural proporcionem às plateias uma conexão emocional com esses animais, aumentando apoio à causa de acabar com a caça.

Apesar de no Brasil não haver caça a baleias, eu adoraria ver uma exposição desta por aqui. Afinal, quando o assunto é mar temos outras questões que devemos nos conscientizar, como por exemplo, a quantidade de animais marinhos que morre ou se prejudica com equipamentos de pesca ou com o lixo deixados no oceano. Basta lembrar das centenas de animais encontrados mortos (principalmente pinguins e tartarugas) nas praias da Baixada Santista no ano passado.

A grandeza da baleia vista de perto

Por YUDHIJIT BHATTACHARJEE

Numa tarde quente de verão em 2005, Bryant Austin estava mergulhando nas águas azuis do Pacífico sul perto de Tonga, olhando através de sua câmera para uma baleia jubarte e seu filhote nadando a menos de 45 metros de distância. Enquanto aguardava o momento certo, o filhote brincalhão nadou até bem perto dele, tão perto que ele teve que abaixar a câmera. Foi quando ele sentiu um tapinha leve sobre seu ombro.

Austin se virou e se descobriu olhando diretamente para o olho da baleia mãe, cujo corpo era maior que um ônibus escolar. O tapinha tinha vindo da nadadeira peitoral da baleia, que pesava mais de 900 quilos. Para Austin, o gesto da baleia era um aviso inconfundível: ele tinha chegado perto demais do filhote.

Contudo, a baleia estendera sua nadadeira com tanta graça e precisão -tocando o fotógrafo sem machucá-lo- que Austin ficou estarrecido com sua "contenção delicada".
Aquele momento mudou a vida de Bryant Austin. Ele percebeu que algo tinha ficado faltando em suas quatro décadas passadas fotografando baleias: a beleza da escala verdadeira. Austin concluiu que a única maneira de captar a magnificência das baleias seria recriar fotos delas em tamanho natural. "Eu quis recriar a sensação que tive quando olhei no olho da baleia mãe", ele explicou.

Desde então, ele vem buscando concretizar esse sonho, passando horas incontáveis na companhia de baleias. Trabalhando com cinco baleias diferentes de três espécies, ele criou 25 imagens em escala real, incluindo dois retratos completos, cada um composto de dezenas de fotos de seções diferentes do corpo das baleias.

A maior foto é um retrato de dois por nove metros de uma baleia-anã minke da Grande Barreira de Recifes australiana; os painéis que compõem a imagem pesam 272 quilos. Alguns dos trabalhos de Austin foram expostos em abril na galeria Electric Works.

Fundador de uma organização sem fins lucrativos chamada Conservação de Mamíferos Marinhos por Meio das Artes, Austin exibiu suas imagens na Noruega, na Islândia e no Japão, países que promovem a caça à baleia. Embora a caça comercial às baleias seja proibida desde 1986, esses países e alguns outros matam várias centenas de baleias por ano. A esperança de Austin é que seus retratos em tamanho natural proporcione às plateias uma conexão emocional com esses animais, aumentando apoio à causa de acabar com a caça.

Ele quer conscientizar o público sobre outras ameaças enfrentadas pelas baleias, desde as mortes causadas quando se emaranham em equipamentos de pesca até a acifidicação dos oceanos provocada pelo aquecimento global.

"As imagens são representações singulares e fiéis de seres tão imensamente diferentes de nós, mas ligados a nós pela via mamífera", disse Elizabeth Eyre, bióloga da Universidade Macquarie, em Sydney, especializada em baleias. As imagens também são notáveis por seus detalhes. "Cada parasita, cicatriz e pedaço de pele descascada é visível", disse Eyre.

Austin não leva seu barco para mais perto que três metros de uma baleia, preferindo deixar que o animal nade até seu lado. Ele usa a mesma embarcação todos os dias e se aproxima do local em que estão as baleias em velocidade baixa.


Em uma exposição em Tóquio, em dezembro passado, os retratos de Austin evocaram curiosidade e elogios, gerando a resposta emocional que o fotógrafo espera suscitar em suas plateias, segundo Kotoe Sasamori, naturalista e guia de observação de baleias japonês que ajudou a organizar o evento.

domingo, 8 de maio de 2011

Desejos vãos

Eu queria ser o mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!

Eu queria ser a pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!


Eu queria ser o sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!


Mas o mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!


E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras… essas… pisa-as toda a gente!
(Desejos vãos, Florbela Espanca)


(Foto: Fim de tarde em Cananeia/SP)

terça-feira, 3 de maio de 2011

José Bonifácio no outono

Com 72 anos, o Palácio José Bonifácio, no Centro, foi inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas, em 26 de janeiro de 1939. O prédio é sede da Prefeitura de Santos e ainda abriga uma parte da Câmara Municipal. 


Para garantir seu predomínio na paisagem arquitetônica da Praça Mauá, o então prefeito Cyro de Athayde Carneiro editou decreto em 1938, até hoje vigente, limitando em 18 metros a altura dos edifícios ao seu redor. 


Na foto, detalhe da arquitetura do edifício com um lindo azul de outono no céu ao fundo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Análise

"Tão abstrata é a idéia do teu ser / Que me vem de te olhar, que, ao entreter / Os meus olhos nos teus, perco-os de vista, / E nada fica em meu olhar, e dista / Teu corpo do meu ver tão longemente, / E a idéia do teu ser fica tão rente / Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me / Sabendo que tu és, que, só por ter-me / Consciente de ti, nem a mim sinto. / E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto / A ilusão da sensação, e sonho, / Não te vendo, nem vendo, nem sabendo / Que te vejo, ou sequer que sou, risonho / Do interior crepúsculo tristonho / Em que sinto que sonho o que me sinto sendo".
(Fernando Pessoa) 


(Foto: Ribeirão Preto/SP)

domingo, 13 de março de 2011

Clarice 3

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"
(Perto do Coração Selvagem, Clarice Lispector)


(Foto: o céu de Santos ao fundo, num dia de verão, a partir da sacada do meu apartamento)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Clarice 2

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".

Clarice Lispector

Foto: Praia da Enseada, em Ubatuba (SP)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Bem-vindo a Santos!

O Jornal da Record está apresentando desde segunda-feira (dia 17) uma série de reportagens chamada Vizinhos do Crime. Nas matérias, a equipe formada por Ana Paula Padrão, Gilson Dias, Lumi Zúnica e Guta Nascimento mostra como comunidades são obrigadas a conviver de perto com a criminalidade, em especial com o tráfico de drogas.

A série ainda revela imagens da desigualdade social, traduzida em pobreza extrema, déficit habitacional, doenças e danos ao meio ambiente.

Até agora já foram apresentadas cinco reportagens. Detalhe: todas mostrando uma realidade de Santos que a maioria dos santistas desconhece ou finge (incluindo aí autoridades da Cidade) que não existe.

Bem diferentes e distantes do principal cartão-postal de Santos (o jardim da orla), esses bairros existem sim e fazem parte do Município. Então, para os "turistas" de plantão, bem-vindos a Santos!

Morro do Tetéu



Vila Gilda


Vila Gilda


Vila Gilda


Vila Gilda