sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Abundância X escassez


Nas piscinas naturais de Porto de Galinhas, em Pernambuco, o que se vê é fartura de quase tudo: tem uma infinidade de peixes nadando em pequenos espaços criados pela própria natureza, centenas de turistas fascinados com a abundância de peixes, muitas câmeras fotográficas digitais portadas pelos visitantes e uma grande quantidade de jangadas e jangadeiros que levam os turistas para ver os peixes.


A única coisa que não se tem em abundância no local é o tempo dado aos turistas. O passeio até as piscinas naturais custa R$ 10 por pessoa, mas dura apenas 45 minutos. Impossível apreciar tanta beleza em menos de uma hora.

Abundância - (substantivo feminino): fartura, grande quantidade. (Antônimo): falta, carência, escassez

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Deus é brasileiro

Deus é mesmo brasileiro. É essa a certeza que se tem depois de visitar um lugar como o mostrado na imagem. Na foz do Rio São Francisco (também chamado de Velho Chico pelos populares e de Opará pelos indígenas) uma montanha de areias surge pouco antes do encontro de suas águas com o Oceano Atlântico. É algo tão espetacular e surpreendente que parece inventado, plantado naquele lugar como se não fosse de verdade. Mas é real e extremamente lindo.

O passeio de barco até as dunas parte da cidade de Piaçabuçu, em Alagoas. O município ribeirinha serviu de cenário para o filme Deus é brasileiro, com Antonio Fagundes e Wagner Moura, e dirigido por Cacá Diegues. No longa, Deus resolve tirar umas férias e vai procurar um substituto em terras brasileiras.

Longo trajeto até a foz: o Rio São Francisco nasce em Minas Gerais, atravessa os estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe e termina no sul de Alagoas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eles são alagoanos

Alagoas é terra de gente famosa como Aurélio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, Djavan, Nise da Silveira e Marta (melhor jogadora de futebol do mundo que atualmente defende o Santos).
Mas o Estado também é lugar de gente muito simples, como as populações ribeirinhas que vivem às margens do Rio São Francisco.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

50 centavos a trepada

Cana, coco e mar. No Nordeste, esses três itens são essenciais para a sobrevivência de milhares de famílias. Somados ao turismo, eles são responsáveis por boa parte da economia dos estados desse trecho do País.
Somente para dar o exemplo de dois deles (Pernambuco e Alagoas), para quase todos os lados que se olha essa mistura é tudo que se vê. Mas dos itens citados, um deles chama mais atenção: os cocos.

Essa fruta é responsável pela fortuna de umas poucas pessoas (os proprietários das fazendas de coqueiros), ao mesmo tempo que garante baixíssimos salários (aos trabalhadores que fazem o plantio e a colheita dos cocos). Quando falo em fortuna, me refiro a muito dinheiro mesmo e, quando digo baixíssimos salários, quero dizer miseráveis.

A conta é simples: enquanto um trabalhador ganha R$ 0,50 por cada coqueiro que sobe para colher a fruta (dependendo da árvore, esse valor pode cair para R$ 0,30), seu empregador é capaz de ser dono de milhares de coqueiros em áreas tão extensas que ocupam, às vezes, mais de um município.
Na foto, um pequeno pedaço da imensa fazenda de coqueiros da praia do Gunga, no litoral sul de Alagoas.