segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Já é verão


Às 15h47 de hoje, teve início o Verão. A estação mais quente e badalada segue até o dia 20 de março do próximo ano. Até lá, a previsão é de temperaturas altas e muitas tempestades.

Aqui, algumas cenas registradas em Santos, por volta das 19 horas, do primeiro pôr-do-sol do verão 2009/2010.



sábado, 12 de dezembro de 2009

Mar avança e ameaça cidades da Baixada Santista

Em tempos de Copenhague (quando líderes do mundo inteiro estão reunidos na Dinamarca discutindo propostas para tentar diminuir os gases de efeito estufa) nada mais justo do que falar do aquecimento global e do que ele provoca. E bem aqui na Baixada Santista, a elevação do nível do mar (um dos principais efeitos do superaquecimento do planeta) é uma ameaça constante.

Apesar do avanço do mar em boa parte desse pedaço do litoral paulista parecer inevitável, por enquanto, apenas pesquisadores e estudiosos estão preocupados. Representantes do Poder Público da região simplesmente insistem em ignorar o tema, afinal a expectativa é que o pior aconteça somente no final do século. Então pra que se preocupar agora? Certo? Errado.

Nas imagens, três matérias publicadas em A Tribuna (é só clicar para ler) em junho de 2008, fevereiro e dezembro de 2009. A última mostrando um estudo do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta. E olha que o cenário apontado pela pesquisa não nada positivo.



domingo, 29 de novembro de 2009

Três cores

Já disse aqui uma vez que pôr-do-sol é bonito em qualquer lugar. Mas se este lugar for o Nordeste brasileiro, aí o momento em que o sol se despede fica ainda mais bonito e colorido.

Aqui três momentos, três dias, três lugares diferentes, apesar de o cenário (cheio de coqueiros sempre) parecer o mesmo. Aqui o pôr-do-sol em três cores.










Mais pôr-do-sol em:
São Vicente
Atibaia
Ubatuba
A caminho de Ribeirão Preto
Ilha do Cardoso
Santos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Abundância X escassez


Nas piscinas naturais de Porto de Galinhas, em Pernambuco, o que se vê é fartura de quase tudo: tem uma infinidade de peixes nadando em pequenos espaços criados pela própria natureza, centenas de turistas fascinados com a abundância de peixes, muitas câmeras fotográficas digitais portadas pelos visitantes e uma grande quantidade de jangadas e jangadeiros que levam os turistas para ver os peixes.


A única coisa que não se tem em abundância no local é o tempo dado aos turistas. O passeio até as piscinas naturais custa R$ 10 por pessoa, mas dura apenas 45 minutos. Impossível apreciar tanta beleza em menos de uma hora.

Abundância - (substantivo feminino): fartura, grande quantidade. (Antônimo): falta, carência, escassez

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Deus é brasileiro

Deus é mesmo brasileiro. É essa a certeza que se tem depois de visitar um lugar como o mostrado na imagem. Na foz do Rio São Francisco (também chamado de Velho Chico pelos populares e de Opará pelos indígenas) uma montanha de areias surge pouco antes do encontro de suas águas com o Oceano Atlântico. É algo tão espetacular e surpreendente que parece inventado, plantado naquele lugar como se não fosse de verdade. Mas é real e extremamente lindo.

O passeio de barco até as dunas parte da cidade de Piaçabuçu, em Alagoas. O município ribeirinha serviu de cenário para o filme Deus é brasileiro, com Antonio Fagundes e Wagner Moura, e dirigido por Cacá Diegues. No longa, Deus resolve tirar umas férias e vai procurar um substituto em terras brasileiras.

Longo trajeto até a foz: o Rio São Francisco nasce em Minas Gerais, atravessa os estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe e termina no sul de Alagoas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eles são alagoanos

Alagoas é terra de gente famosa como Aurélio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, Djavan, Nise da Silveira e Marta (melhor jogadora de futebol do mundo que atualmente defende o Santos).
Mas o Estado também é lugar de gente muito simples, como as populações ribeirinhas que vivem às margens do Rio São Francisco.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

50 centavos a trepada

Cana, coco e mar. No Nordeste, esses três itens são essenciais para a sobrevivência de milhares de famílias. Somados ao turismo, eles são responsáveis por boa parte da economia dos estados desse trecho do País.
Somente para dar o exemplo de dois deles (Pernambuco e Alagoas), para quase todos os lados que se olha essa mistura é tudo que se vê. Mas dos itens citados, um deles chama mais atenção: os cocos.

Essa fruta é responsável pela fortuna de umas poucas pessoas (os proprietários das fazendas de coqueiros), ao mesmo tempo que garante baixíssimos salários (aos trabalhadores que fazem o plantio e a colheita dos cocos). Quando falo em fortuna, me refiro a muito dinheiro mesmo e, quando digo baixíssimos salários, quero dizer miseráveis.

A conta é simples: enquanto um trabalhador ganha R$ 0,50 por cada coqueiro que sobe para colher a fruta (dependendo da árvore, esse valor pode cair para R$ 0,30), seu empregador é capaz de ser dono de milhares de coqueiros em áreas tão extensas que ocupam, às vezes, mais de um município.
Na foto, um pequeno pedaço da imensa fazenda de coqueiros da praia do Gunga, no litoral sul de Alagoas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A expansão imobiliária, a onça e a imprensa

Foto: Jonne Roriz/AE
A notícia da onça suçuarana, que invadiu a Rodovia Anhanguera na semana passada e foi atropelada, ganhou neste fim de semana um capítulo que merece destaque. Na edição de domingo, do jornal O Estado de S. Paulo, uma matéria publicada no caderno Aliás chamou atenção para um problema sério e cada vez mais comum: a expansão imobiliária que avança sobre áreas de preservação e ameaça a fauna, que não tem para onde ir.

No texto escrito de forma brilhante pelo repórter Ivan Marsiglia, toda a história da onça - a decisão de atravessar a rodovia, o atropelamento, o resgate e a recuperação do animal, que está sob cuidados da clínica do Centro Brasileiro para Conservação de Felinos Neotropicais, da Mata Ciliar, em Jundiaí – é contada como se fosse a própria suçuarana narrando.

"A travessia, nem sei como fiz. Sou ligeiro, mas a sorte ajudou. Acontece que, quando ia dar o pulo do gato por cima da mureta, uma coisa grande bateu em mim. O mundo girou, não vi mais nada. O senhor sabe que sou sujeito de coragem: até a pintada, a maioral do pedaço, respeita minha valentia. Mas confesso que fiquei com medo. Paralisado. Mais de uma hora ali, encolhidinho, até vocês chegarem. Mostrei bem os dentes, que não sou de passar recibo".

Este é apenas um pequeno trecho do texto original, que vale a pena ser lido. Um alerta, um momento de reflexão necessário e feito pela imprensa. Que bom se na imprensa, todos os dias fossem assim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Santos está cada vez mais vertical e cara

Elas vão dominar o mundo. Em Santos, esse objetivo começou a ser colocado em prática há anos, e o resultado (cada vez mais evidente) pode ser observado numa rápida andada pelas ruas da Cidade. Para ilustrar o que (e de quem) estou falando, escolhi o bairro do Embaré. Selecionei um pequeno trecho: entre os canais 4 (Avenida Siqueira Campos) e 5 (Avenida Almirante Cochrane) e entre a Avenida Bartolomeu de Gusmão (em frente a praia) e a Rua Vergueiro Steidel (imagem 1). Somente nesta área há cinco exemplos atuais do tema ao qual me refiro.

O assunto aqui é o tal boom imobiliário, incrementado pela economia estável do País. E elas (aquelas que vão dominar o mundo) são as construtoras, que compram os raríssimos terrenos vazios (ou os que ainda mantêm casas e pequenas construções) nas regiões mais nobres da Cidade e erguem torres de altíssimo padrão.

A matemática dessa operação (uma ou duas casas a menos é igual a um prédio alto) tem resultado numa super valorização dos imóveis (inclusive os usados), cuja consequência direta é a expulsão (para as periferias ou para as cidades vizinhas) de quem não consegue se manter num lugar onde viver é cada vez mais caro.

No Embaré o boom imobiliário é uma realidade. O bairro, que já é bastante verticalizado, não pára de crescer para cima. Além das recentes torres já prontas e ocupadas, outras estão em plena construção.

Na Avenida Bartolomeu de Gusmão, um prédio será construído ao lado de um do edifício mais torto da orla (imagem 2). Para quem não sabe, Santos tem o segundo pior solo do mundo (só perdendo para a Cidade do México). Assim, na avenida da praia muitos prédios mais antigos são tortos, decorrentes de fundações pouco profundas.

A segunda obra destacada (imagem 3) não fica em frente a praia, mas com certeza terá unidades com vista para o mar. É na Rua Oswaldo Cochrane. O edifício não ocupará apenas um terreno. Antes, na área comprada, funcionavam um estacionamento e um pequeno hotel.

O terceiro empreendimento, na Avenida Dr. Epitácio Pessoa (imagem 4) é de altíssimo nível. Quando a obra for concluída, com certeza será um dos edifícios mais altos da Cidade, com mais de 100 metros de altura.

O quarto prédio fica na mesma avenida (imagem 5). No local antes existia uma casa que chegou a ser usada como comitê político. Nesta quadra, aliás, hoje há apenas um edifício, que visto do alto se destaca entre as pequenas construções habitadas ou ocupadas por comércios.

O último exemplo apontado fica na Rua Álvaro Alvim (imagem 6). A construção, cujo modelo de fundação escolhido foi o chamado bate-estaca, acabou gerando ruído em excesso (essa é outra característica do boom imobiliário) e resultou na articulação da vizinhança que protestou, recolheu assinaturas e exigiu providências da Prefeitura. Graças a mobilização dos moradores, a construtora teve que acabar de cravar as estacas no solo utilizando outro método.


As imagens que ilustram o texto foram retiradas do Google Earth (de junho de 2009). Para ver os detalhes é só clicar para ampliar

domingo, 13 de setembro de 2009

SOS Mata Atlântica monitora pesca amadora no Lagamar

A Fundação SOS Mata Atlântica está monitorando a pesca amadora em Iguape, Cananeia e Ilha Comprida,, região conhecida como Lagamar, no extremo sul do Estado de São Paulo. O projeto Mata Atlântica & Pesca, desde fevereiro, está avaliando os impactos dessa atividade sobre os recursos pesqueiros, e acumulando informações com o objetivo de traçar um plano de manejo ambiental. Até o momento mais de 6 mil peixes capturados foram avaliados.

Nunca é demais falar sobre a importância dessa região que abriga a maior porção contínua de Mata Atlântica do País, além de estuários, manguezais, restingas, praias e ilhas. Não é à toa que a área é considerada um importante berçário de muitas espécies marinhas.

Por tudo isso, diagnósticos como o que a SOS Mata Atlântica pretende fazer são sempre positivos, pois somam conhecimento e alertam para a importância da responsabilidade dos atores sobre o meio. E é exatamente neste ponto que o trabalho ganha ainda mais mérito. Como depende dos guias de pesca para coletar os dados, o projeto vem despertando nas pessoas que estão participando, mesmo antes de ser concluído, consciência sobre a necessidade de preservar esse paraíso.

Para ler matéria publicada em A Tribuna é só clicar na imagem e ampliar



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Baixada Santista pelos olhos do Google Earth 1


O programa Google Earth é mesmo fantástico. Com imagens excelentes, por ele é possível viajar e conhecer lugares sem levantar da cadeira. Aqui, mostro um recorte do planeta: a praia de Santos, entre os bairros do Embaré e Aparecida. No meio da imagem, o traço que invade a área dos prédios é o Canal 5.

domingo, 6 de setembro de 2009

Livro mostra a beleza da Laje de Santos

Laje de Santos, Laje dos Sonhos, o primeiro livro com conteúdo todo dedicado à Laje de Santos (único parque marinho do Estado, localizado a 45 km da costa) será lançado no próximo dia 20, em São Paulo. A obra é uma oportunidade de conhecer um lugar especial da Cidade e, ao mesmo tempo, um alerta para a necessidade de preservação.

Com 10 capítulos (textos em português e inglês) e 156 fotografias, o livro é resultado de projeto da ONG Instituto Laje Viva e mostra toda a beleza e biodiversidade do local. Fotógrafos submarinos conceituados e pesquisadores participam da obra.

O projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura, pela Lei de Incentivo à Cultura, e tem patrocínio da Petrobras. Com edição gráfica, impressão e distribuição da Editora Globo, a obra será vendida em livrarias de todo o País, mas terá uma parte (cerca de mil exemplares) da tiragem doada para escolas e bibliotecas.

Além disso, quem tiver interesse em contribuir com a ONG, deve entrar em contato pelos sites do Instituto Laje Viva e do livro Laje de Santos, Laje dos Sonhos, para ganhar um exemplar da obra.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ela voltou

Há um ano escrevi matéria que mostrava a preocupação de especialistas com o peixe mais popular do País: a sardinha. As estimativas de capturas eram tão ruins que os mais pessimistas apostavam no colapso desse importante recurso pesqueiro. No entanto, a tendência apontada naquele momento não se concretizou e a captura do peixe atingiu o patamar de 70 mil toneladas.

Doze meses depois o que não faltam são teorias para explicar a recuperação desse importante pescado. No entanto, o mais sensato pensamento, me parece, é o que aposta no defeso (quando a pesca é interrompida, permitindo a desova dos peixes) como principal fator de mudança de cenário. Desde 2003 a pesca da sardinha fica proibida duas vezes por ano (no verão e no inverno, totalizando cinco meses).

Nesta semana escrevi mais uma matéria sobre o mesmo tema, apontando um clima completamente diferente de agosto do ano passado. Hoje o cenário para o setor sardinheiro é tão bom que ao invés de colapso, já tem gente arriscando até a falar em abundância.




Para ler as duas matérias (publicadas em A Tribuna em agosto de 2008 e de 2009), é só clicar nas imagens.



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vale do Quilombo, um pedaço de Santos quase esquecido

Fazia um tempinho que não me sentia tão feliz com a profissão de jornalista. Mas na semana passada, voltei para casa com aquela velha sensação de dever cumprido. E que sensação boa. O motivo de tanta satisfação foi uma matéria (publicada no dia 23) sobre as pessoas que vivem no Vale do Quilombo, um bairro que poucos santistas conhecem da Área Continental da Cidade.

Cercada de Mata Atlântica, a área é alvo de disputas judiciais há décadas. Agora, uma liminar da Justiça determinou que as cerca de cem famílias (o número não é oficial) que vivem no local desocupem a terra, que para elas é muito mais do que apenas um lugar para viver. A terra do Quilombo é para muitos a responsável pela comida que chega à mesa.

Das histórias mostradas pela reportagem (foram cinco), uma em especial me comoveu: a de Beatriz, uma menina de 11 anos, que não consegue ir para a escola porque o ônibus da Prefeitura não entra na estrada de terra, em péssimas condições, que dá acesso ao bairro.

O mais bacana é que outros colegas jornalistas acabaram contaminados por esse sentimento, e o resultado dessa comoção é uma bolsa cheia de livros que serão doados a Beatriz, a menina do Quilombo que adora ler.

Para ler a matéria publicada em A Tribuna, é só clicar na imagem e ampliar.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Santa Clara

Tem chovido tanto em Santos nos últimos dias, que resolvi apelar para Santa Clara. Mas como não sei desenhar um sol para ela, só me resta a opção de usar uma imagem do astro rei que cliquei aqui mesmo, no verão.


Lembrei até da música Giz, do Legião Urbana e resolvi usá-la como trilha sonora para reforçar o pedido:
"Desenho toda a calçada/Acaba o giz, tem tijolo de construção/ Eu rabisco o sol que a chuva apagou"

sábado, 16 de maio de 2009

Paraty quer título de patrimônio da humanidade

Entre os dias 22 e 30 de junho o Comitê do Patrimônio Mundial, da Unesco, se reunirá em Sevilha, na Espanha, para definir os locais que integrarão a lista do patrimônio da humanidade. A belíssima Paraty/RJ (na foto) é uma das concorrentes.
A seleta lista tem atualmente 878 patrimônios (sendo 679 culturais, 174 naturais e 25 mistos). Representando o Brasil, estão a Floresta da Mata Atlântica, o Arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas (natural), Brasília e o Centro Histórico de Salvador (cultural), entre outros. No total o País tem 17 lugares com o título da Unesco.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O patrimônio de uma cidade

A ida até Cananeia para verificar a erosão na Ilha do Cardoso acabou rendendo outras matérias. Uma delas sobre Iguape, cidade que abriga um verdadeiro patrimônio histórico e que deve ser tombada (em âmbito nacional) pelo Iphan até o fim do ano.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Erguida em uma cidade que abriga imóveis do período colonial, a Basílica do Bom Jesus de Iguape (em Iguape, é claro) começou a ser construída no século 18. Hoje tem em seu acervo a imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape, que foi encontrada na Praia do Una (Jureia) e atrai milhares de romeiros todos os anos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Erosão na Ilha do Cardoso

Resolvi copiar a excelente ideia do jornalista (e colega de redação) Rafael Motta e publicar por aqui também algumas de minhas reportagens, uma maneira de deixar o material à disposição de outros leitores. A decisão coincide com a pergunta de outra jornalista (só que de São Paulo) e amiga Bia Rodrigues, que no post anterior questionou se eu havia feito matéria sobre a Ilha do Cardoso. Então a resposta está aqui: fiz sim. Junto com repórter Nilson Regalado e com imagens da repórter-fotográfica Fernanda Luz.
Para ler a matéria, basta clicar na imagem para ampliá-la. Espero que funcione.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fim de tarde no extremo sul do litoral paulista

O que dizer de uma imagem como essa? É melhor não dizer nada. Pra que palavras?


Imagem clicada do Canal do Ararapira, na Ilha do Cardoso (Cananeia)

sábado, 11 de abril de 2009

Um dia perfeito

Foi mesmo um dia perfeito e graças a uma ressaca. Não estou falando daquela sensação que se tem no dia seguinte a um porre, mas sim da ressaca que atingiu parte do litoral brasileiro neste sábado (dia 11). Em Santos, o resultado do fenômeno com ondas que não paravam de arrebentar transformou o cenário. Para se ter ideia, nunca vi tanto surfista desfilando pela praia.

Mais incrível ainda foi o que aconteceu na areia. Em alguns trechos, como o ponto em frente ao bairro do Embaré, a areia simplesmente desapareceu. Isso mesmo, foi completamente coberta pelo mar. Mas nem a falta dela foi suficiente para espantar santistas e turistas. Afinal, o dia estava lindo e com um sol tipicamente de verão, apesar de já ser outono.

Ao invés de irem embora, as pessoas permaneceram na praia. Ou melhor, no jardim, no calçadão ou em qualquer lugar que fosse possível sentar e, simplesmente, admirar o espetáculo proporcionado pela força do mar. Enquanto os adultos olhavam encantados a sequência de ondas, as crianças brincavam naquela borra amarelada que se formou da mistura da água e da areia.

Alguns preferiram olhar de perto tamanha agitação, como o grupo que permaneceu sobre a ponte do Canal 5. Não faltaram também os que aproveitaram a fúria do mar para deslizar com pranchas ou canoas.

Eu procurei aproveitar cada momento e não perder nenhum detalhe, já que dias perfeitos como esse não acontecem sempre.

domingo, 5 de abril de 2009

Com o Greenpeace na Laje de Santos

Minha ansiedade era imensa. Mesmo sendo santista e morando na Cidade durante quase toda minha vida, era a primeira vez que eu tinha oportunidade de ir à Laje de Santos. Para aumentar ainda mais minha adrenalina, estaria acompanhada por integrantes do Greenpeace, organização global que faz loucuras pelo mundo, na tentativa de salvar o planeta.
Apesar de morar perto do mar, não posso negar que tenho medo dessa imensidão. E ontem, esse medo ganhou proporções ainda maiores. Com uma viagem de cerca de uma hora e meia em mar aberto para alcançar o parque estadual marinho, a embarcação do Instituto Laje Viva - que levou além da imprensa que acompanhava a ação, também as duas tartarugas que seriam devolvidas ao mar -, não parava de balançar.
Não foram poucos os alertas antes da partida, de manhã, de uma marina em São Vicente: “é melhor tomar remédio para enjoo”. E mesmo com toda a precaução, não faltou quem não se sentisse mal em algum momento, atingido principalmente pela sensação de tontura e instabilidade.
Mas nem o mal estar e nem o medo de encarar o mar agitado (pelo menos aos meus olhos era o que parecia) foram maiores que a alegria de participar desse dia.
Olhar de perto aquela pedra imensa que brota no meio do oceano foi incrível. Ser recebida pelas centenas de aves marinhas (principalmente fragatas e atobás), melhor ainda.
Fora a sensação de ter testemunhado o reencontro de duas tartarugas com o mar. Foi algo tão maravilhoso que não sei explicar com palavras, mas que consigo confessar com emoção escancarada. Tanta emoção que acabei chorando (sem vergonha nenhuma) na frente de todos.
Como se tudo isso não bastasse, ainda tive oportunidade de subir a bordo do Arctic Sunrise (navio do Greenpeace) antes dele ancorar no Porto de Santos. E mais: tudo isso em um dia de céu azul e muito sol. Sou mesmo uma privilegiada.

terça-feira, 24 de março de 2009

Pé na estrada

Viajar é provavelmente uma das coisas mais prazerosas da vida. E quando a caminho de algum lugar você encontra cenários como este, a viagem fica ainda melhor.


(momento clicado de dentro do ônibus a caminho de Ribeirão Preto)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Pássaros

Esta seleção de pássaros surgiu a partir das imagens clicadas durante as minhas férias nas cidades de Ubatuba (SP), Paraty, Rio de Janeiro e Búzios (RJ). Ao separar as fotos me lembrei de uma amiga que simplesmente tem pavor de pássaros, independente da espécie.

Eu não sei de onde vem seu trauma. Será que ela ficou impressionada com o filme Os Pássaros, de Alfred Hitchcock, de 1963? Na história, milhares desses bichinhos de penas e asas simplesmente resolvem atacar os moradores da cidade de Bodega Bay, na Califórnia.

Agora falando sério, me lembrei da garça conhecida como Menina, que frequentava a Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra, em Santos, e que foi agredida por garotos em outubro do ano passado. A ave, que conhecia bem o lugar e por isso costumava se aproximar das pessoas, apanhou tanto que teve a asa quebrada.

Ela foi imobilizada e levada ao Orquidário. Submetida a uma cirurgia acabou tendo o membro amputado. A violência foi tão grande que a alternativa de colocar um pino na asa acabou sendo descartada. Agora, Menina terá de viver apenas em cativeiro.


Comparando a ficção com a realidade, as aves é que estão em desvantagem. No final das contas, elas que deveriam ter medo da gente.

Em tempo: a última imagem mostra garças produzidas em madeira que estavam a venda em uma loja de artesanato de Ubatuba

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Eterno

(adjetivo)

1 Que não tem princípio, nem fim; que dura sempre

2 Imortal
3 Incessante
4 Imutável

Momentos como esse, clicado na Praia da Enseada, em Ubatuba, deveriam ser eternos, seja pela beleza ou pelo significado

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Noites de verão





Sou mesmo uma privilegiada. Posso observar noites como essa (sim, noites: a imagem foi clicada pouco antes das 20h30, no dia 31 de janeiro de 2009 - ontem) da minha janela.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Azul

Eu não sei se vem de Deus
Do céu ficar azul
Ou virá dos olhos teus
Essa cor que azuleja o dia?
Se acaso anoitecer
Do céu perder o azul
Entre o mar e o entardecer
Alga-marinha vá na maresia
Buscar ali um cheiro de azul
Essa cor não sai de mim
Bate e finca pé
A sangue de rei

Até o sol nascer amarelinho
Queimando mansinho
Cedinho, cedinho, cedinho,
Corre e vá dizer pro meu benzinho
Um dizer assim:
O amor é azulzinho


(A música de Djavan (clique aqui para ouvir) foi o que eu encontrei de mais azul para combinar com essa imagem da praia do Canto, em Búzios/RJ)