quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fim de tarde no extremo sul do litoral paulista

O que dizer de uma imagem como essa? É melhor não dizer nada. Pra que palavras?


Imagem clicada do Canal do Ararapira, na Ilha do Cardoso (Cananeia)

sábado, 11 de abril de 2009

Um dia perfeito

Foi mesmo um dia perfeito e graças a uma ressaca. Não estou falando daquela sensação que se tem no dia seguinte a um porre, mas sim da ressaca que atingiu parte do litoral brasileiro neste sábado (dia 11). Em Santos, o resultado do fenômeno com ondas que não paravam de arrebentar transformou o cenário. Para se ter ideia, nunca vi tanto surfista desfilando pela praia.

Mais incrível ainda foi o que aconteceu na areia. Em alguns trechos, como o ponto em frente ao bairro do Embaré, a areia simplesmente desapareceu. Isso mesmo, foi completamente coberta pelo mar. Mas nem a falta dela foi suficiente para espantar santistas e turistas. Afinal, o dia estava lindo e com um sol tipicamente de verão, apesar de já ser outono.

Ao invés de irem embora, as pessoas permaneceram na praia. Ou melhor, no jardim, no calçadão ou em qualquer lugar que fosse possível sentar e, simplesmente, admirar o espetáculo proporcionado pela força do mar. Enquanto os adultos olhavam encantados a sequência de ondas, as crianças brincavam naquela borra amarelada que se formou da mistura da água e da areia.

Alguns preferiram olhar de perto tamanha agitação, como o grupo que permaneceu sobre a ponte do Canal 5. Não faltaram também os que aproveitaram a fúria do mar para deslizar com pranchas ou canoas.

Eu procurei aproveitar cada momento e não perder nenhum detalhe, já que dias perfeitos como esse não acontecem sempre.

domingo, 5 de abril de 2009

Com o Greenpeace na Laje de Santos

Minha ansiedade era imensa. Mesmo sendo santista e morando na Cidade durante quase toda minha vida, era a primeira vez que eu tinha oportunidade de ir à Laje de Santos. Para aumentar ainda mais minha adrenalina, estaria acompanhada por integrantes do Greenpeace, organização global que faz loucuras pelo mundo, na tentativa de salvar o planeta.
Apesar de morar perto do mar, não posso negar que tenho medo dessa imensidão. E ontem, esse medo ganhou proporções ainda maiores. Com uma viagem de cerca de uma hora e meia em mar aberto para alcançar o parque estadual marinho, a embarcação do Instituto Laje Viva - que levou além da imprensa que acompanhava a ação, também as duas tartarugas que seriam devolvidas ao mar -, não parava de balançar.
Não foram poucos os alertas antes da partida, de manhã, de uma marina em São Vicente: “é melhor tomar remédio para enjoo”. E mesmo com toda a precaução, não faltou quem não se sentisse mal em algum momento, atingido principalmente pela sensação de tontura e instabilidade.
Mas nem o mal estar e nem o medo de encarar o mar agitado (pelo menos aos meus olhos era o que parecia) foram maiores que a alegria de participar desse dia.
Olhar de perto aquela pedra imensa que brota no meio do oceano foi incrível. Ser recebida pelas centenas de aves marinhas (principalmente fragatas e atobás), melhor ainda.
Fora a sensação de ter testemunhado o reencontro de duas tartarugas com o mar. Foi algo tão maravilhoso que não sei explicar com palavras, mas que consigo confessar com emoção escancarada. Tanta emoção que acabei chorando (sem vergonha nenhuma) na frente de todos.
Como se tudo isso não bastasse, ainda tive oportunidade de subir a bordo do Arctic Sunrise (navio do Greenpeace) antes dele ancorar no Porto de Santos. E mais: tudo isso em um dia de céu azul e muito sol. Sou mesmo uma privilegiada.